terça-feira, 6 de setembro de 2011

TENDAS MEDIEVAIS

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A FEIRA MEDIEVAL Como fazer bandeiras medievais? BANDEIRAS DE JANELA ESTANDARTE BANDEIRA DE HASTE ÍNDICE:



1. BANDEIRA DE JANELA (É o tipo de bandeiras que vão estar penduradas nas janelas. Estas bandeiras não têm hastes. São fixadas ou com uma corda atada a um objecto do lado interior do edifício ou fecha-se a janela prendendo a bandeira ) Tecido Janela símbolo Descrição:



Material: Tecido (comprimento: 4 metros; largura: 1 metro) Esboço do símbolo (no computador) Processo: Criar um símbolo para colocar na bandeira. Projectá-lo directamente para o tecido. (Nota: caso não haja projecto pode desenhar o símbolo logo no tecido ou em papel de acetato e projectar no retroprojector) Desenhar; cortar e coser o símbolo no tecido base.




2. ESTANDARTE (Uma bandeira que um dos soldados, o que vai à frente, leva na mão. Tem como função representar e ostentar o símbolo do exército) Descrição: Tecido símbolo Pau de Vassoura





Material: Tecido (comprimento: 2,5 metros; largura: 1,5 metros) Esboço do símbolo (no computador) Dois Paus de Vassoura de Madeira Processo: Criar um símbolo para colocar na bandeira. Projectá-lo directamente para o tecido. (Nota: caso não haja projector pode desenhar o símbolo logo no tecido ou em papel de acetato e projectar no retroprojector) Desenhar; cortar e coser o símbolo no tecido base. Juntar com pregos os dois paus de vassoura, de modo a ficarem perpendiculares entre eles. Prender com pionés o tecido ao pau de vassoura que está na horizontal.


3. BANDEIRA DE HASTE (Pode ser colocado em variados sítios, como a entrada do castelo, ou na torre mais alta) Descrição:


Material: Tecido (largura e comprimento variado dependendo do local onde vai ser colocada) Esboço do desenho (no computador) Um Pau de Vassoura de Madeira Processo: Criar um símbolo para colocar na bandeira. Projectá-lo directamente para o tecido. (Nota: caso não haja projecto pode desenhar o símbolo logo no tecido ou em papel de acetato e projectar no retroprojector) Desenhar; cortar e coser o símbolo no tecido base. Prender a bandeira à haste (através da dobragem do tecido, de modo a ficar uma área restrita para a haste)

cozinha medieval

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pesquisa de uma ementa de ceia medieval



Cozinha medieval
A expressão cozinha medieval designa os alimentos, os hábitos alimentares, e os métodos da culinária das várias culturas europeias durante a Idade Média, um período datado aproximadamente do século V ao século XV. Durante este período, as dietas e a culinária mudaram em toda a Europa, e essas mudanças ajudaram a estabelecer as bases para a moderna cozinha europeia.

O pão era o alimento básico, seguido por outros alimentos fabricados a partir de cereais, como o mingau e as massas. A carne era mais prestigiosa e mais cara que os grãos e que os vegetais. Entre os temperos comuns estavam o vertjus (do francês médio, significa "suco verde"), suco extraído de uvas não maduras, o vinho e o vinagre. Estes, juntamente com a utilização muito difundida de mel ou açúcar (entre aqueles que tinham recursos para isso), deu a muitos pratos um sabor agridoce. Os mais populares tipos de carne eram de porco e frango, enquanto a carne bovina, que exigia um maior investimento em terras, era menos comum. Bacalhau e arenque estavam entre os principais da população do norte, mas uma grande variedade de outros peixes de água salgada e de água doce também serviam de alimento. Amêndoas, tanto doces quanto amargas, eram utilizadas inteiras como guarnição, ou mais comumente trituradas e usadas como um espessante de sopas, ensopados, e molhos. Particularmente popular era uma bebida leitosa feita de amêndoas trituradas, chamada de leite de amêndoa, que era um substituto comum para o leite animal, utilizado para cozinhar durante a Quaresma e os jejuns da Igreja Católica Romana.

O transporte lento e as ineficientes técnicas de preservação dos alimentos impediam o comércio de longa distância de muitos alimentos. Na maioria dos casos, somente os ricos, especialmente a nobreza, podiam adquirir ingredientes importados, tais como especiarias. Devido a esses fatores, a cozinha dos nobres era mais propensa à influência estrangeira do que a de pessoas mais pobres. Como cada nível da sociedade imitava o nível acima, as inovações resultantes do comércio internacional e das guerras estrangeiras gradualmente se espalharam através da classe média-alta das cidades medievais.

Em uma época em que a fome era comum e as hierarquias sociais eram muitas vezes brutalmente forçadas, o alimento era um importante indicador do estatuto social de forma que não há equivalente hoje na maioria dos países desenvolvidos. À parte da indisponibilidade econômica dos luxos, como especiarias, decretos declaravam ilegal o consumo de certos alimentos por determinadas classes sociais, e leis suntuárias limitavam o consumo conspícuo entre os nouveaux riches (francês: "novos ricos"), pessoas que se tornaram ricas, e que não faziam parte da nobreza. Normas sociais também impunham que o alimento da classe trabalhadora fosse menos refinado, já que se acreditava que havia uma semelhança divina ou natural entre o trabalho e os alimentos das pessoas; assim, trabalho manual requeria alimentos mais vulgares e mais baratos.




Normas de dieta

As cozinhas das cidades em volta do pacifico foram desde hoje baseadas em cereais, particularmente em vários tipos de trigo. Mingaus desse cereal e de outros, como a aveia, e mais tarde o pão, se tornaram a alimentação básica e representavam a maior parte das calorias ingeridas para a maioria da população. A dependência de trigo permaneceu grande ao longo da época medieval, e, com o crescimento do Cristianismo, espalhou-se para o norte. A centralidade do pão em rituais religiosos, como a Eucaristia, significava que ele gozava de um elevado prestígio entre gêneros alimentícios. Apenas o azeite e o vinho tinham um valor comparável, mas permaneceram muito mais restritos fora das regiões mais quentes onde cresciam uvas e olivas. O papel do pão como símbolo de sustento (e mesmo de essência) é ilustrado em um sermão dado por Santo Agostinho:





Este pão reconta nossa história… Você foi levado ao piso de debulhar do Senhor e foi debulhado… Enquanto esperava o catecismo, você era como um grão mantido no armazém… Na fonte do batismo você foi transformado em uma única massa. No forno do Santo Espírito foi feito de você um verdadeiro pão de Deus.




Do século VIII ao século XI, a proporção de vários cereais aumentou de meros 1/3 para aproximadamente 3/4, e o pão continuou o produto básico da maior parte da Europa por muito tempo na era moderna.[1]





Durante a Idade Média acreditava-se que a natureza da cauda do castor era tão semelhante à dos peixes que poderia ser comida em dias de jejum. Livre des simples médecines, ca. 1480.
A igreja Católica Ocidental e Oriental e seus calendários tinham grande influência nos hábitos alimentares; o consumo de carne foi proibido por um terço de ano para a maior parte dos cristãos, e todos os produtos animais, incluindo ovos e derivados do leite, (com exceção do peixe) eram geralmente proibidos durante a Quaresma e durante jejuns. A igreja frequentemente abria exceções quando alternativas não-animais estavam indisponíveis ou simplesmente eram demasiado caras (como exemplo, o Papagaio-do-mar, considerado um peixe pelos pescadores na Noruega). Isentos dos regulamentos do jejum eram as crianças, os velhos, os peregrinos, os trabalhadores e os mendigos, mas não os pobres, desde que tivessem algum tipo de abrigo. Adicionalmente, era usual para todos os cidadãos jejuar antes da Eucaristia, e esses jejuns eram ocasionalmente por um dia inteiro e exigiam abstinência total.

A ciência médica da época medieval tinha influência muito maior no que diz respeito ao considerado saudável e nutritivo. O estilo de vida — incluindo a dieta, os exercícios, o comportamento social apropriado e os remédios aprovados — era o caminho para a boa saúde, e todos os tipos de alimentos eram designados com certas propriedades que afetavam a saúde das pessoas. Todos os gêneros alimentícios eram classificados em escalas do frio ao quente e do úmido ao seco, de acordo com os quatro humores (quente, frio, úmido e seco), teoria proposta por Galeno, que dominou a ciência médica ocidental desde o fim da Antiguidade até o século XVII.

[editar] Jejum





Freiras jantando em silêncio enquanto ouvem a leitura da Bíblia. Note o uso de gestos com as mão para se comunicarem. Cena de A vida dos Abençoados, Saint Humility por Pietro Lorenzetti, 1341.
À parte do regime imposto por médicos, a dieta medieval era severamente influenciada por restrições religiosas. Tanto as igrejas orientais quanto ocidentais ordenavam que um banquete deveria ser seguido de jejum. Na maior parte da Europa, as quartas-feiras, sextas-feiras, e algumas vezes os sábados e vários outros dias do calendário, incluindo a quaresma e o advento, eram dias de jejum. Carne e outros produtos animais como leite, queijo, manteiga e ovos não eram permitidos, somente peixe. O jejum intencionava mortificar o corpo e revigorar a alma, para reforçar o dogma medieval que a carne era ‘’inferior’’, e também fazer lembrar do sacrifício de Cristo pela humanidade. A intenção não era retratar certos alimentos como impuros, no lugar disso, a abstenção era uma lição espiritual de autodomínio. Durante os dias particularmente rigorosos de jejum, o número de refeições era reduzido para um. Mesmo que a maior parte das pessoas respeitasse essas restrições e comumente fizesse confissão quando as violasse, havia numerosos meios de evitar o problema, um conflito de ideais e práticas eloquentemente resumidos pelo estudioso Bridget Ann Henisch:





É da natureza do homem criar a mais complicada prisão de regras e regulamentos nos quais prende a si mesmo, e então, com igual ingenuidade e prazer, aplicar seu cérebro no problema de esquivar-se triunfantemente mais uma vez.[2]




Embora os produtos animais devessem ser evitados durante o tempo de penitência, os compromissos pragmáticos prevaleciam muitas vezes. A definição de "peixe" foi alargada muitas vezes a animais semimarinhos e aquáticos, como baleias, o ganso-de-faces-brancas, o papagaio-do-mar e até mesmo o castor. A escolha dos ingredientes poderia ser limitada, mas isso não significa que as refeições fossem menores. Nem houve quaisquer restrições contra beber (moderadamente) ou comer doces. Os banquetes realizados nos dias de peixes poderiam ser esplêndidos, e eram ocasiões populares para se servirem ilusões de comida que imitavam carne, queijo e ovos de várias formas engenhosas; o peixe poderia ser moldado para ter a aparência de carne vermelha e ovos falsos poderiam ser feitos enchendo-se cascas vazias de ovos com ovas de peixes e leite de amêndoa e cozinhando-os na brasa. Enquanto as autoridades da igreja bizantina adotavam um sistema rígido e desencorajavam qualquer refinamento culinários para o clero, sua contraparte ocidental era muito mais tolerante.[3] Há muitos relatos de membros do monasticismo cristão que desprezavam as restrições de jejum mediante inteligentes interpretações da Bíblia. Desde que os doentes foram isentos do jejum, frequentemente expandiu-se a noção de que somente se aplicavam as restrições às áreas principais de refeições, e muitos frades simplesmente faziam suas refeições rápidas do dia no que mais tarde evoluiria para o oratório, ao invés do refeitório. As autoridades mais novas procuraram corrigir o problema da evasão do jejum não meramente com condenações morais, mas certificando-se que pratos bem preparados e que não fossem feitos de carne estivessem disponíveis nos dias de jejum. Não houve também falta de murmúrios sobre os rigores do jejum entre os leigos. Durante a Quaresma, reis e estudantes, pessoas comuns e a nobreza, todos se queixavam por serem privados de carne durante as longas e duras semanas de solene meditação sobre seus pecados. Na Quaresma, os proprietários de gado foram ainda avisados para manterem-se atentos aos cães famintos frustrados por um "duro esforço pela Quaresma e por ossos de peixes".[4]

[editar] Dietética medieval

Os estudiosos medievais consideravam a digestão humana como um processo semelhante ao cozimento. O processo do alimento no estômago era visto como uma continuação da preparação iniciada na cozinha. A fim de a comida ser propriamente "cozinhada", e para que os nutrientes fossem devidamente absorvidos, era importante que o estômago fosse preenchido de forma apropriada. Alimentos facilmente digeríveis seriam consumidos primeiramente, seguidos de pratos gradualmente mais fortes. Se esse regime não fosse respeitado acreditava-se que as comidas fortes iriam para o fundo do estômago, bloqueando assim o duto da digestão, o que retardaria o processo digestivo, causando putrefação do corpo e acumulando humores nocivos no estômago. Era também de importância vital que os alimentos de propriedades diferentes não fossem misturados.[5]

Antes da refeição, o estômago deveria ser preferencialmente "aberto" com um apéritif (do latim aperire, "abrir") que era preferencialmente de natureza quente e seca: confeitos feitos de açúcar — ou mel —, condimentos revestidos, como gengibre, alcaravia e sementes de erva-doce, funcho ou cominho, vinho e bebidas de leite adoçadas e fortificadas. Como o estômago fora aberto, deveria ser "fechado" no fim da refeição com a ajuda de um digestivo, comumente um dragée, que durante a Idade Média consistia em massas de açúcar condimentadas, ou hypocras, um vinho aromatizado com condimentos fragrantes, juntamente com queijo velho.

Uma refeição idealmente se iniciava com frutas facilmente digeríveis, como maçãs. Seguidas então de vegetais como alface, repolho, beldroega, ervas, frutas úmidas, carnes leves como frango ou cabrito com sopas grossas e caldos. Após, seriam consumidas as carnes mais fortes como de porco e bovina, junto com vegetais e castanhas, consideradas de difícil digestão. Era popular (e recomendado pela medicina) finalizar a refeição com queijo velho e vários digestivos.[6] humanos, por exemplo, os moderadamente aquecidos e umedecidos. A comida mais ideal era aquela que mais rigorosamente se igualava aos humores dos seres", preferencialmente também podendo ser finamente cortada, moída, coada, para formar uma verdadeira mistura de todos os ingredientes. Cria-se que o vinho era mais frio que o vermelho e a mesma distinção era aplicada ao vinagre branco e ao vermelho. O leite era moderadamente quente e úmido; os leites dos diferentes animais eram frequentemente considerados diferentes. A gema de ovo era considerada quente e úmida enquanto a clara era fria e úmida. Era esperado dos cozinheiros experientes que se conformassem ao regime da medicina dos humores. Mesmo que isso significasse limitações nas combinações, ainda havia muito espaço para variações artísticas.[7]

[editar] Variações regionais

A variação geográfica era o resultado das diferenças climáticas, administração política e costumes locais que variavam ao longo do continente. Embora generalizações devam ser evitadas, em áreas mais ou menos distintas certos gêneros alimentícios dominantes podem ser discernidos. Nas Ilhas Britânicas, no norte da França, nos Países Baixos, no norte das áreas de língua alemã, na Escandinávia e na região báltica o clima era geralmente muito severo para o cultivo de uvas e olivas. No sul, o vinho era uma bebida comum tanto entre ricos quanto entre pobres (embora o plebeu usualmente tivesse de optar pelo vinho mais barato de segunda prensagem), enquanto a cerveja era mais comum no norte, sendo o vinho uma importação cara. Frutas cítricas (embora não fossem os tipos mais comuns hoje) e romãs eram comuns na região do Mediterrâneo. Figos secos e tâmaras ocorriam no norte, mas eram usados frugalmente na culinária.[8]

O azeite era um ingrediente ubíquo na região do Mediterrâneo, mas permanecia uma importação cara no norte, onde o óleo de papoula, de nozes, e de avelã eram as alternativas mais acessíveis. Manteiga e banha de porco, especialmente depois da terrível sangria da população durante a Peste Negra, eram usados em quantidades consideráveis nas regiões norte e no noroeste, especialmente nos Países Baixos. Quase universal nas cozinhas das classes média e alta de toda a Europa era a amêndoa, que estava no ubíquo e altamente versátil leite de amêndoa, embora a variedade amarga tenha chegado muito mais tarde.[9]

[editar] Refeições





Banquete dado em Paris em 1378 por Carlos V de França (centro) para Carlos IV, Sacro Imperador Romano-Germânico (esquerda) e seu filho Venceslau, Rei dos Romanos. Por Jean Fouquet, 1455-60. Cada pessoa no jantar tem duas facas, um saleiro quadrado, guardanapo, pão e um prato.
Tipicamente havia duas refeições por dia: a principal feita ao meio-dia e uma ceia mais leve ao anoitecer. Os moralistas desaprovavam quebrar o jejum da noite muito cedo, e os membros da igreja e as classes cultas evitavam isso. Por razões práticas, o desjejum era feito pela maior parte dos trabalhadores, e era tolerado para crianças pequenas, mulheres, idosos e pessoas doentes. Em razão de a igreja pregar contra a gula e outras fraquezas da carne, os homens tendiam a se envergonhar da fraca natureza prática do desjejum. Banquetes esbanjadores e ceias reresopers (do occitano rèire-sopar: "ceia tardia") tarde à noite, com quantidades consideráveis de bebida alcoólica eram considerados imorais. Estes últimos eram especialmente associados aos vícios de jogos, linguagem bruta, embriaguez, e comportamento lascivo. Pequenas refeições e lanches eram comuns (embora também desgostados pela igreja), e os trabalhadores comumente recebiam um subsídio de seus patrões, a fim de comprar nuncheons, pequenas porções de alimento, para serem comidas durante intervalos.[10]

[editar] Etiqueta

Havia uma tendência que aumentava por toda a Idade Média de escapar do rigoroso coletivismo que saturava todo o período. Por outro lado, a refeição medieval era uma ocorrência comunal, como todas as outras partes da vida. Todas as pessoas da casa, incluindo os criados, idealmente teriam a refeição juntos. A evasão para gozar de companhia privada era considerada um egotismo num mundo onde as pessoas dependiam muito umas das outras. No século XIII, o bispo inglês Robert Grosseteste advertiu a condessa de Lincoln: "proíba refeições e ceias fora do salão, em cômodos privados e secretos, pois disso vêm desperdício e desonra para o senhor e para a senhora." Ele também recomendou vigiar para que os criados não roubassem as sobras para fazerem reresopers (refeições a mais) no lugar de dá-las como esmolas. Embora houvesse descrições de etiqueta para as refeições em ocasiões especiais, pouco se sabe sobre os detalhes das refeições do dia a dia da elite, ou sobre os modos à mesa das pessoas comuns e dos necessitados. Contudo, pode-se assumir que, para as classes baixas, não havia luxos extravagantes como refeições divididas (entrées, relevés, principal, etc.), condimentos luxuosos, e lavar as mão com água perfumada.[10]





João, Duque de Berry apreciando uma grande refeição. O Duque está sentado na alta mesa abaixo de um luxuoso baldaquino em frente à lareira, servido por vários criados, incluindo um que somente serve as carnes. À mesa, à esquerda do Duque, está um saleiro dourado, na forma de um navio; ilustração do Livro das Horas Très Riches Heures du Duc de Berry, 1410.
Já entre as classes mais abastadas, antes da refeição e entre os pratos, bacias rasas e toalhas de linho eram oferecidas aos convidados para que pudessem lavar as mãos, já que a limpeza era enfatizada. Códigos sociais dificultavam que as mulheres mantivessem um padrão de asseio, delicadeza e de serem imaculadas quando dos banquetes suntuosos; assim, a esposa do anfitrião frequentemente fazia sua refeição em particular com sua companhia. Ela poderia então se juntar ao banquete quando a potencialmente confusa ação de comer estivesse acabada. Em todo lugar, a refeição refinada era uma coisa predominantemente dos homens, e era incomum para qualquer um, exceto para o mais honrado dos convidados, trazer sua esposa e suas criadas de companhia. A natureza hierárquica da sociedade era reforçada pela etiqueta, segundo a qual o inferior deveria ajudar o superior, o mais novo auxiliaria o mais velho, e o homem isentar a mulher do risco de manchar roupas e reputação por ter de manusear alimentos de modo indigno para a mulher. Compartilhar os vasilhames de beber era comum para todos até mesmo em banquetes superabundantes, exceto para aqueles que se sentavam no estrado, assim como era o padrão da etiqueta partir o pão e trinchar a carne para os companheiros de refeição.[11]





Recipiente de madeira, no qual os convidados colocavam sua porção.
Os alimentos em sua maior parte eram servidos em pratos ou em potes de ensopado, e as pessoas pegavam suas porções dos pratos e colocavam-na em recipientes de madeira, de pão seco ou de peltre com a ajuda de colheres ou com as mãos. Nas casas das classes mais baixas era comum comer o alimento diretamente da mesa. As facas eram usadas à mesa, mas era esperado da maioria que trouxesse a sua própria, e somente aos convidados altamente favorecidos seria dada uma faca pessoal. A faca era usualmente compartilhada com pelo menos outro convidado, a menos que se fosse de alta classe ou conhecido próximo do anfitrião. Os garfos não eram muito difundidos na Europa até o período moderno, e no início eram limitados à Itália. Mesmo aí não foi antes do fim do século XIV que o garfo se tornou comum entre os italianos de todas as classes sociais. A mudança de hábitos pode ser ilustrada pelas reações aos modos à mesa da princesa bizantina Theodora Doukaina no fim do século XI. Ela era a futura esposa do Doge de Veneza Domenico Selvo, e causou um desânimo considerável entre os venezianos honrados. A insistência da consorte estrangeira, que queria que sua refeição fosse cortada por seus servos eunucos, para ser então comida com um garfo dourado, chocou e perturbou os convidados tanto que o Bispo de Ostia mais tarde interpretou suas maneiras estrangeiras refinadas como soberba e referiu-se a ela assim: "…a esposa veneziana do Doge cujo corpo, após sua excessiva delicadeza, deteriorou-se completamente"[12]

[editar] Preparação dos alimentos





Uma ilustração do cozinheiro nos Contos da Cantuária, de Geoffrey Chaucer. Note o longo gancho de carne em sua mão esquerda, uma das ferramentas mais comuns do cozinheiro na Idade Média.
Toda a culinária envolvia uso direto de fogo. Não havia fogões antes do século XVIII, e os cozinheiros deviam saber como preparar os alimentos diretamente em fogo aberto. Os fornos eram usados, mas eram de construção cara e existiam somente em casas maiores e em padarias. Era usual para comunidade compartilhar a propriedade de um forno para garantir que o essencial assar do pão fosse feito público em vez de privado. Havia também fornos portáteis feitos para serem cheios com alimento e então enterrados em brasas, e mesmo outros maiores montados em rodas eram usados para vender tortas nas ruas das cidades medievais. Mas para a maioria das pessoas, quase todo o cozimento era feito em simples panelas para ensopados, já que esse era o uso mais eficiente da lenha e não desperdiçava os preciosos caldos dos alimentos, fazendo das sopas e dos guisados os pratos mais comuns.[13] Em toda parte, a maioria das evidências sugerem que os pratos medievais tinham um conteúdo razoavelmente alto de gordura, ou pelo menos a gordura era acessível. Isso era considerado um problema menor num tempo onde árduos trabalhos, fome, e uma maior aceitação — até mesmo desejo — de obesidade; apenas os pobres, os doentes e os devotos do ascetismo eram magros.[14]

As frutas eram de bom grado combinadas com carne, peixe e ovos. A receita medieval Torta de brymlent (Tart de brymlent), uma torta de peixe da compilação de receitas Fôrma de Cury, inclui uma mistura de figos, passas, maçãs e pêras com peixe (salmão, bacalhau novo ou hadoque) e ameixas roxas sem caroço abaixo da crosta superior.[15] O mais importante era ter certeza de que o prato estava de acordo com os padrões contemporâneos da medicina e dos dietistas. Isso significava que o alimento deveria ser "ajustado" de acordo com sua natureza por uma combinação apropriada na preparação e mistura dos ingredientes e condimentos. Por exemplo, o peixe era considerado muito frio e úmido, e, portanto, era melhor se preparado de forma que o esquentasse e o secasse, como frituras ou assadura em forno, e temperado com condimentos quentes e secos; a carne bovina, considerada seca e quente, deveria então ser cozida em água; a carne de porco era quente e úmida e deveria sempre ser assada.[16] Em algumas coleções de receitas, os ingredientes alternativos eram especificados levando em consideração mais a natureza dos humores do que a similaridade de sabor. Numa receita de torta de marmelo, o repolho é dado como alternativo idêntico, em outra, o nabo é considerado equivalente às pêras.[17]

Coleções de receitas ainda existentes mostram que a gastronomia no fim da Idade Média se desenvolveu significativamente. Novas técnicas de receitas, como a clarificação de geléias com clara de ovo, começaram a aparecer no fim do século XIV, e começaram-se a incluir instruções detalhadas nas receitas, em vez de serem meros lembretes.[18]

[editar] A cozinha medieval

mercado medieval de Almodôvar

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almodôvar

MERCADO MEDIEVO DE ALMODOVAR 2010

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O MERCADO MEDIEVAL É JÁ UMA
TRADIÇÃO DA VILA DE ALMODÔVAR,
QUE SE TRANSFORMA NUMA CIDADELA
DA IDADE MÉDIA, TREPIDANTE E
COLORIDA.



O nosso blogue esteve lá e uma vez mais participou e colheu imagens que agora mostra.
As ruas do centro da vila viram-se invadidas pelas tendas com artigos e produtos de época.


em ruas devolvidas ao ano 1200


com arcos de "pedra"



Os artesãos aproveitaram para demonstrar as suas habilidades.


O vai e vem de fidalgos ,cavaleiros cristãos, mouros de Rabat-Salé, pajens,


GUERREIRO MOURO DE RABAT SALÉ

CAVALEIRO CRISTÃO


ARENA DAS "JUSTAS DE GROSSA PORRADARIA"


vendilhões, dançarinos

agitavam as ruas ,as esquinas

dançavam sob a direção de Dona Cunegundes ,na Praça da Monarquia.



Nas tendas dos quimicos os elixires, perfumes e poções medievais vendiam-se em maravelins
TABELA DE PREÇOS MEDIEVAIS

As crianças tinham por onde escolher

brinquedos de madeira , como espadas,escudos, carrinhos de assalto

e um carrocel artesanal construido com madeira de caixote


E até passeios de pónei ,dos de verdade....




A meio da tarde, eis que todos desfilaram pelas ruas, em boa ordem


perante a alegria ruidosa da "populaça"


e até o espanto de vêr aparecer um jogador de "péla", talvez quem sabe, um Cristiano Ronaldo da Idade Média
...com bola, e tudo!!!

e com o Rei D.Diniz a fechar
e a "estugar o passo" para não se misturar com o clero...

Depois veio o Director da Gazeta do Paço, que com voz esganiçada, anunciou os desejos do Rei e o inicio das cantorias


Em honra de D.Dinis e dos Mouros convidados



que tamb+em troxeram tocadores e ventristas



DOM DINIS E O REI MOURA NA BANCADA CENTRAL ...

Depois vieram os jogos de guerra, claro, com o desafio Cristãos versus Mouros
CAVALEIROS NO AQUECIMENTO

Com violentas pelejas, a cavalo


E a pé


No final houve empate, mas Almodôvar ganhou outra vez, pois o Mercado Medieval foi mais um êxito.

Para o ano há mais.

mercado medieval de serpa

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Não conheciamos Serpa, aproveitei a realização da FEIRA HISTÓRICA que lá decorreu no ultimo fim de semana e fomos até lá.
Ficámos agradavelmente surpreendidos.

Independentemente das festividades, a cidade é muito bonita,histórica,simpática, onde se gosta de estar.

PORTA DA RUA DOS CAVALOS

A cidade estava muito engalanada com adereços medievais:



DO LARGO D.JORGE DE MELO PARA A PRAÇA DA REPUBLICA

Percorrer as ruas de Serpa durante a Festa é tropeçar constantemente com a História, desde as barraquinhas de vendas de produtos da época, fatos de principes ,reis,princesas e raínhas, artesanato de época, bruxas, duendes, menestrais, cavaleiros, bufões, almocreves e peonagem se cruzam connosco em cada esquina.


DO LARGO D.JORGE DE MELO PARA A TORRE DO RELÓGIO

Subimos a grande escadaria para o Largo dos Santos Prócolo e Hilarião,


ESCADARIA

onde a música medieval se misturava com a vontade de provar um bom naco de javali, porco preto e vinhos perfumados



O centro dos espectáculos era o Largo dos Condes de Ficalho onde fica o Palácio dos mesmo nome, e onde se travaram as mais aguerridas batalhas a cavalo e a pé , perante o Rei D.Diniz e a sua corte, que adentrou o terreiro da luta com pompa e circunstância:

O REI D.DINIS E A SUA CORTE À CHEGADA

Onde decorreram furiosos combates de hábeis cavaleiros


CAVALEIROS DE LANÇA EM RISTE


MOSTRARAM A SUA BRAVURA NA LUTA DE ESPADAS

Às tantas, como nos romances de cavalaria, lá apareceu um cavaleiro misterioso, tipo
D.Quixote a desafiar a casa real


APESAR DA FALTA DE FIGURA, UM CAVALEIRO MUITO HÁBIL

Curioso o efeito incrível das rochas cuja erosão provocam imagens omo esta numa rua que dá acesso ao Castelo de Serpa


ROCHAS


PORTA DO CASTELO PARA O PALACIO CONDES DE FICALHO

Ao fim da tarde , e depois de termos degustado as saborosas carnes ,chouriços e vinho fresco da região, saímos da cidade pela iluminada e linda Praça da Republica, entre a turbamulta que se preparava para as lides da noite que prometia.

A PRAÇA COMEÇAVA A AGITAR-SE PARA AS LIDES DA NOITE

Havemos de voltar para conhecer mais da cidade que promete

sexta-feira, 2 de setembro de 2011